domingo, 16 de janeiro de 2011

MEDÉIA...... A FORÇA DE UMA ANTÍTESE NA VIDA DE UMA MULHER

A ANTÍTESE ENTRE O BEM E O MAL......

QUANTAS DE NÓS NOS VEMOS MEDEIA HOJE EM DIA, NOS JORNAIS, TV, RÁDIO, NOTÍCIAS DE TODAS AS FORMAS, PRECISAMOS SER MEDÉIA, OU TEMOS DENTRO DO NOSSO PEITO UM CORAÇÃO DOADO POR DEUS, QUE NOS FEZ A SUA IMAGEM E SEMELHANÇA E É QUEM PERDOA.

ACOMPANHEM A HISTÓRIA (PARA QUEM NUNCA OUVIU O CONTO GREGO), E TIREM DESSA EXPERIÊNCIA TRÁGICA, O LADO AMOROSO QUE DEVERIA SUBJULGAR O ÓDIO.



Filha do rei Eetes e princesa da Cólquida, Medéia é por vezes descrita como sacerdotisa de Hécata e, por vezes, como filha da deusa, o que explicaria os seus conhecimentos profundos das artes mágicas.
A história de Medeia começa depois de Jasão ter chegado à Cólquida, do Reino de Iolcos, para reivindicar o velocino de ouro para si. Como é frequente em muitos mitos, Eetes promete-lhe o velo, desde que o herói cumpra uma tarefa. Jasão teria de lavrar um campo com dois touros monstruosos e indomados, de cascos de bronze e que expeliam fogo pelas narinas, que lhe tinham sido oferecidos por Hefesto. Em seguida, teria de semear no campo lavrado os dentes de um dragão que fora morto por Cadmo em tempos passados. Segundo alguns relatos,Hera, como protectora de Jasão, terá nesta altura, convencido Eros, ou Afrodite a providenciarem que Medeia se apaixonasse por ele. Ela, conhecedora dos segredos de todas as artes ocultas, afeiçoada ao herói, conhece, contudo, quais as pretensões de seu pai. Medeia promete, então, ajudar o estrangeiro, conseguindo de Jasão a promessa de que se casaria com ela, e a levaria consigo no caminho de volta a Iolcos. Medeia oferece, então, ao argonauta, um unguento que deveria usar no corpo e no seu escudo, tornando-o invulnerável ao fogo e ao ferro durante um dia - o suficiente para enfrentar os touros e lavrar o campo.
Medeia adverte-o também de que dos dentes de dragão nascerá uma seara de soldados que se virarão contra ele e que o tentarão matar. Contudo, Medeia, conhecedora da história de Cadmo, dá-lhe a simples solução para o problema: basta lançar uma pedra, de longe, para o meio desse exército erguido da terra. Os soldados entrariam em discussão sobre quem atirara a pedra e matar-se-iam uns aos outros. Com tais conselhos, Jasão executou as tarefas com facilidade e voltou a reclamar o velo de ouro a Eetes.
O rei da Cólquida, furioso, resiste e tenta frustrar de novo os intentos de Jasão, tentando incendiar a nau Argo, de onde este viera, além de pretender matar a sua tripulação. É novamente Medeia quem ajudará Jasão a escapar a esse destino, ao adormecer com narcóticos o dragão que guardava o velo de ouro e avisando-o dos planos do pai. Conseguem, assim, fugir da Cólquida, com o tesouro almejado. Numa versão da história, durante a fuga, Medeia terá curado Atalanta de feridas graves.
É então que o lado cruel de Medeia se revela pela primeira vez. Quando partem , leva consigo Apsirto, seu irmão, sabendo que não tardaria que seu pai lhes fosse no encalço. Para o atrasar, mata o irmão e despedaça-o, dispersando os restos mortais pelo caminho, sabendo que o pai tentaria recolher cada pedaço para lhe dar a sepultura devida. O crime fá-los incorrer, contudo, na ira de Zeus que faz afastar a expedição da sua rota. Então, é a própria nau, Argo, onde seguem que ganha o dom da fala e que os informa que terão de ser ritualmente purificados do crime cometido contra Apsirto junto de Circe, tia de Medeia (filha de Helios - o Sol, tal como o seu pai). Param, por isso, algum tempo junto da feiticeira que os purifica, mas não aceita a permanência de Jasão no seu território.

De volta à Tessália, atribuiu-se a Medeia a profecia de que o timoneiro da nau Argo, Eufemo, governaria a Líbia - o que viria, contudo, apenas a cumprir-se no seu descendente Bato. Chegados a Creta, Medeia voltou a ter um papel importante perante Talo, o homem de bronze, que, quase invulnerável, rondava a ilha, lançando pedras contra as naus que se aproximassem para que não chegassem a acostar. O seu ponto fraco consistia numa veia protegida por uma cavilha, no fundo da perna. Existem muitas versões sobre a morte do gigante. Se há autores, como Apolodoro, que a atribuem a uma flecha disparada por Peante, a maioria das versões atribui este novo sucesso às artes mágicas de Medeia que o terá enfeitiçado a partir da nau, levando-o à loucura com falsas visões de imortalidade se retirasse a cavilha, ou, através de drogas que o levaram a ferir-se com uma rocha no ponto sensível do seu corpo. Morrendo o gigante, a tripulação pode descansar em terra firme.
Vários comentadores do mito consideram que foi a própria Hera, mulher de Zeus, a dispor o destino de Jasão em direcção à Cólquida, para que este trouxesse consigo Medeia, a mulher certa para levar Pélias à morte. Com a chegada de Medeia e Jasão, o tirano recusa-se a largar o poder. O facto de ter atentado contra a vida de Jasão ao enviá-lo na demanda do velo de ouro, faz com que Medeia engendre uma nova forma de o levar à perdição, fazendo uso das artes ocultas e de alguma astúcia. Fazendo-se amiga das filhas do rei, diz-lhes que é capaz de rejuvenescer quem ela quiser. Para o provar, mandou esquartejar um carneiro velho e colocou-o dentro de um caldeirão com uma poção fervente. De seguida, retirou o animal, inteiro e de bastante boa saúde. Outros autores sustentam que fez a prova com Éson, o próprio pai de Jasão, o que lhe dava ainda mais crédito. As raparigas, excitadas, correram a esquartejar o pai e lançar os seus pedaços dentro do caldeirão. Como é óbvio, não voltou a sair de lá com vida. Depois deste incidente macabro, Medeia fugiu com o seu amado para Corinto.

Em Corinto, a felicidade de Medeia foi de pouca duração. Já com filhos de Jasão, foi alvo da intriga do rei Creonte que influenciou Jasão a deixá-la, de modo a casá-lo com a sua filha, Creúsa (ou Glauce). Tendo convencido Jasão, tratou de banir Medeia de Corinto. Esta, contudo, antes de abandonar a cidade, ainda conseguiu vingar-se, novamente aliando astúcia com magia. Fez chegar às mãos de Creúsa um vestido e jóias - um presente literalmente envenenado, já que cada acessório tinha sido embebido numa poção secreta. Assim que a sua rival se vestiu, sentiu o seu corpo invadido de um fogo misterioso que logo se espalhou para o seu pai, que a tentou socorrer, bem como para todo o palácio - episódio este que tem semelhanças com a morte de Héracles, por obra de Nesso. Alguns narradores contam que Medeia, em fuga, não teve possibilidade de levar consigo os filhos que, perante a negligência de Jasão, foram apedrejados até à morte pela família de Creonte, como vingança.
Contudo, a versão mais conhecida é ainda mais sombria e deve-se a Eurípides, na sua tragédia Medeia, apresentada pela primeira vez em 431 a.C.. Aqui, é a própria Medeia quem mata os filhos antes de fugir para Atenas, não num acesso de loucura, mas num ato de fria e premeditada vingança em relação ao marido infiel. Eurípides foi, na altura, acusado de ceder perante um elevado suborno de cidadãos coríntios que preferiam uma versão onde não fosse o povo daquela cidade a cometer o infanticídio.

Medeia fugiu para Atenas, onde se casa com o Rei Egeu. Eles tiveram um filho, Medo. Quando Teseu volta, Medeia tenta envenená-lo, mas Egeu descobre que Teseu era seu filho e impede o assassinato.

Medeia e Medo voltam para a Cólquida, e descobrem que Eetes tinha sido deposto por seu irmão Perses. Medeia e Medo matam Perses, e Medo se torna rei. Quando Medo conquista um grande território, este passa a se chamar Média.

FONTE DA ESTÓRIA : WIKIPÉDIA

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