Bom Dia Bonitas!!!!!!!
Mais um assunto muito pesado, mas resolvi que aki não iria apenas postar , coisas bonitas, makes, e tals, e coisas que nos dão prazer, que iria fazer deste lugar também ...... em espaço para assuntos da vida real......
Hoje vamos falar sobre o ABUSO SEXUAL INFANTIL!!!!!!
Mu i t a s ve z e s achamos que só nos filmes, n a s n ovelas ou nas histórias que as pessoas nos contam, podem acontecer coisas desag r adáve i s o u d e forma cr u e l .
Mas não é bem assim.
Tudo também pode acontecer na vida real e na vida de qualquer um de nós. E é
nesse exato momento que nos deparamos com uma triste realidade: os personagens
que estavam distantes de nós ganham forma, corpo e nome semelhantes aos nossos.
E passamos a fazer par te da estória difícil, triste e que, na maioria das vezes,
provocam cicatriz es por toda uma vida.
É uma estória de poder ... de violação, de medo, de abuso.
É uma forma de violência.
É uma estória forte, traumática.
É a VIOLÊNCIA SEXUAL.
O QUE VIOLÊNCIA ?
VÍDEO INSTITUCIONAL FEITO POR MIM E PELA NICOLE PARA APRESENTA~]AO NUM SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA NO CURSO DE DIREITO..... ASSISTAM VALE MUITO A PENA, CHOCOU MUITAS PESSOAS DA SALA.... E IRÁ CHOCAR VOCÊ TAMBÉM
Violência é toda e qualquer for ma de opressão, de maus tratos, de agressão, tanto
no plano físico como emocional, que contribuem para o sofrimento de outra pessoa.
Dentre as diversas formas de violência que conhecemos existe a violência sexual.
A vidência sexual é uma agressão a liber dade do indivíduo, é uma manifestação
extrema do domínio de uma pessoa sobre outra.
QUAIS OS TIPOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL?
A violência sexual pode ser evidenciada sob várias formas e apresenta maneiras diferenciadas de expressão,
tais como: estupro, incesto, atentado violento ao pudor, de acordo com a conceituação jurídica; abuso
sexual e exploração sexual comercial (prostituição), conforme conceituados pela sociologia e antropologia.
VAMOS CONHECER
SOBRE O ABUSO SEXUAL
Abusar é precisamente ultrapassar os limites e, portanto, transgredir. Abuso contém
ainda a noção de poderio, ou seja, o abuso de poder ou de astúcia, abusar na confiança,
da lealdade, o que significa que houve uma intenção e que a premeditação estão presentes.
O abuso sexual é o caso de um indivíduo ser submetido por outro para obter gratificação
sexual. Envolve o emprego, uso, persuasão, indução, coerção ou qualquer experiência sexual
que interfira na saúde do indivíduo incluindo componentes físicos, verbais e emocionais.
A Organização Mundial da Saúde considera o abuso sexual como um fenômeno de
maus-tratos na infância e na adolescência, definindo essa violência da seguinte maneira:
.A exploração sexual de uma criança implica que esta seja vítima de uma pessoa
sensivelmente mais idosa do que ela com a finalidade de satisfação sexual desta. O crime pode
assumir diversas formas: ligações telefônicas ou obscenas, ofensa ao pudor e voyeurismo, imagens
pornográficas, relações ou tentativas de relações sexuais, incestos ou prostituição de menores..
Na realidade, devemos sempre considerar que se trata de atividades sexuais inadequadas
para a idade e o desenvolvimento psicossexual da criança ou do adolescente, sendo
sempre impostas por coerção, violência ou sedução, ou que transgridem os tabus sociais.
PODE ACONTECER EM QUALQUER CLASSE SOCIAL?
É importante considerar alguns estereótipos e preconceitos que fazem parte desse tema.
Trata-se de assunto considerado tabu em várias culturas, e as pessoas apresentam muitas
dificuldades em falar e lidar com o problema. Até mesmo é considerado como um aspecto
constrangedor e desconfortável para ser discutido, pois implica em mobilizar vários
sentimentos no plano emocional das pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidos.
Entretanto, temos que admitir e constatar que o abuso sexual, ao contrário do
que se imagina, não é pra ticado apenas por marginais ou desequilibrados mentais.
Sua ocorrência é bastante comum em todas as classes sociais e econômicas.
Acontece em países pobres ou ricos, com pessoas de boa condição financeira, de boa
aparência como também pode acontecer com pessoas de classe social menos favorecida.
Como vemos, é um tema que acontece independente da idade, do nível
econômico, da classe social e da localização geog ráfica.
As pesquisas r ealizadas, tanto no Brasil como fora do nosso país, conver giram
para a constatação de que o abuso sexual a tinge todas as camadas da sociedade.
Como vemos: é um a t o g rave, t r i s t e e q u e r esulta em vários desdobramentos
pa r a o i n d iv í d u o ( c r i a n ç a o u a d o l e s c e n t e ) q u e é a c o m e t i d o d o ab u s o s ex u a l .
As constatações médicas, a análise das declarações dadas a polícia e as queixas
apresentadas à Justiça, deixam transparecer que os autores dos abusos sexuais contra
crianças e adolescentes, na sua quase totalidade são de responsabilidade exclusivamente
dos homens. Embora o abuso sexual possa atingir também meninos e adolescentes do
sexo masculino, ela é mais comum contra o sexo feminino.
Outra idéia pré-estabelecida é a de que somente os homossexuais realizariam abuso
sexual com crianças e adolescentes do sexo masculino. Isso não é verdade. A maioria dos
homens que são agentes agressores sustenta ter práticas exclusivamente heterossexuais.
Como vimos, muitas vezes estabelecemos idéias equivocadas sobre a incidência do
abuso sex u a l . Não devemos acreditar que o abuso sexual só acontece e é
predominantemente nas camadas mais pobres da população.
Deste modo, devemos ampliar nossa abordagem
de olhar para este tema, pois ele
pode acontecer com qualquer um de nós.
COMO SE ESCOLHE A CRIANÇA?
A criança pode ser um alvo fácil, pois na infância a formação e a estruturação
dos valores sociais e culturais estão em processo de for mação e de análise crítica.
Alg u n s f a t o r e s s ã o e v i d e n c i a d o s d e c o m o a e s c o l h a d a c r i a n ç a é f e i t a :
• Criança mais nova , p o i s a s s i m f i c a m a i s d i f í c i l q u e s e j a r e velado o que
aconteceu, uma vez que ainda não possuem o domínio adequado da fala.
• Crianças das quais as pessoas zombam ou criticam como sendo incapazes de falar a
verdade ou que sempre estão distorcendo a realidade. Isto implica que os agressores oferecem
a essas crianças a possibilidade de que os adultos continuem não acreditando nelas.
• Criança muito amigável com os adultos, p o i s d e v i d o a s u a c apacidade
des e r ex t rove r t i d a , a aproximação é fe i t a d e for ma mais rápida.
• Crianças pouco vigiadas, deixadas por sua conta e/ou que tem carências emocionais
e afetivas, são as mais vulneráveis e constituem provavelmente o alvo preferido dos autores
de abusos, por meio de um complexo jogo de interação entre as necessidades afetivas (às
vezes sedutoras) da criança e as pulsões e desejos do autor do abuso sexual.
E OS ADOLESCENTES?
A adolescência é sem dúvida uma fase de transição. Transição de valores, de informações e
caracteriza-se por vários rituais de passagens. O corpo começa a mudar devido a revolução hormonal
que é instalada. Os adolescentes começam a ter um corpo sexuado do adulto: aparecimento de
pelos pubianos, mudança na voz, aumento de massa corporal, e polução noturna (ato de ejacular
para os homens); aumento dos seios, aparecimento da menarca (menstruação) nas meninas.
Muitos que cometem a buso sexual sentem-se fortemente excitados pelas
t r a n s fo r m a ç õ e s o c o rr i d a s e s p e c i a l m e n t e c o m a s m e n i n a s. N a e s c o l h a d o sadolescentes, são observados também alguns aspectos pelos ag ressores tais como:
• Carência afetiva da vítima, muitas vezes o mais tímido, o mais calado que tende a
não se expor ou dizer o que sente.
• Adolescentes que gostam de fantasiar a realidade e são sempre tidos como .mentirosos.
ou pouco confiáveis, uma vez que não se dará crédito ao que diz ou ao que denuncia.
•Adolescentes que usam roupas de forma provocadora pois assim torna-se fácil
ao agressor a idéia de que foram induzidos ao ato.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE ABUSO SEXUAL?
Os atos caracterizados do abuso sexual diferem apenas na forma como é
praticado pelo ag ressor podendo agr upá-los da seguinte maneira:
1. Atos que agridem sensorialmente a criança ou o adolescente, entre outros destacamos:
Conversas ou telefonemas obscenos.
Apresentação forçada de imagens pornográficas.
Exibição de órgãos sexuais do adulto.
Voyeurismo, que é a excita
ção sexual conseguida mediante a visualização dos
órgãos genitais da criança ou do adolescente.
2. Atos que utilizam o corpo como forma de agressão, tais como:
Contatos sexuais ou masturbação forçada.
Participação em cenas pornográficas
Relações sexuais impostas (vaginais, anais ou orais)
Vale a pena considerar que o incesto (r elação sexual entr e o pai e a filha) é
também o que tem conseqüências mais graves sobre o equilíbrio psíquico, do
presente e do futuro, da criança e do adolescente.
COMO SÃO REALIZADOS OS CONTATOS SEXUAIS ?
É muito comum que o agressor inicie um processo de relacionamento e de conhecimento
antes de chegar aos contatos sexuais. Os agressores sentem-se capazes de identificar as crianças
e adolescentes vulneráveis e aproveitar-se dessa vulnerabilidade para abusar sexualmente delas.
Certas formas de vulnerabilidade são da própria natureza da infância: ser pequeno, não falar
e, portanto, não poder revelar o abuso. Da mesma forma acontece na adolescência como a
necessidade de expor o corpo ou de escondê-lo, pertencer a um grupo ou evidenciar atitudes de
isolamento, desafiar regras ou ser considerado aquele que sempre questiona o que está a sua volta.
Alguns agressores passam a conversar mais com a vítima, passando mais tempo em sua companhia,
oferecendo a criança a possibilidade de ganhar sua confiança e, dessa forma, ter condições
de testar os limites da vítima, muitas vezes utilizando-se, cada vez mais, dos órgãos sexuais.
Os ag ressores empenham-se em dessensibilizar as crianças aos contat o s s exuais.
Essa estra tégia parece obter bons resultados com uma prog ressão do contato
das re giões não-sexuais em dir eção aos órgãos g e n i t a i s ; tudo isso se dá na maioria
d a s veze s d e n t ro d e u m a re l a ç ã o q u e p ro g r i d e o fe recendo ap o i o e c o n f i a n ç a .
Neste aspecto, o abuso sexual supõe uma disfunção em 03 níveis:
• O poder exercido pelo forte sobre o fraco.
• A confiança que o pequeno tem no grande.
• O uso delinqüente da sexualidade, ou seja, o atentado ao direito que todo indivíduo
tem de propriedade sobre o seu corpo. O corpo pertence ao indivíduo, ele não pode dissociarse
do seu corpo físico que é seu limite, sua proteção e seu deslocamento diante da vida.
QUEM SÃO OS AUTORES DE ABUSO SEXUAL?
Muitas vezes, devido a estereotipia que este assunto levanta, temos a impressão que os autores
do abuso não são conhecidos pelos adolescentes e crianças. Puro engano, a maioria dos casos de
abuso sexual acontece com autor conhecido pela vítima, podendo ser alguém da família, de um
conhecido da família, isto também acontece nos casos intrafamiliares onde o pai está implicado.
Sendo assim, o agressor pode ser qualquer pessoa: tio, pai adotivo, pai, primo, irmão,
avô, vizinho, amig o da família, não sendo realizado portanto, como se imagina, por pessoa
totalmente desconhecida da vítima. E mais uma ve z lembramos de que acontece
em qualquer classe social envolvendo pessoas com bom nível de instr ução ou não.
A c r e d i t a - s e q u e a f o r ma mais traumática de abuso é aquela consumada por
u m p a i , s e j a b i o l ó g i c o o u a d o t i vo, também conhecida como r e l a ç õ e s i n c e s t u o s a s .
Alguns pesquisadores achavam que o abuso cometido pelo pai biológico teria
conseqüências emocionais mais gr aves do que o executado pelo pai adotivo, mas
os estudos indicaram que o dano é o mesmo.
Quando se considera que abusos cometidos sem contato físico causam danos,
pode parecer que eles causam menos danos que aqueles que envolvem contatos, mas
é importante ressaltar que eles nunca deixam de causar algum tipo de dano emocional.
QUAIS SÃO AS FORMAS DE AGRESSÃO USADAS PELOS AGRESSORES ?
Existem várias formas de realizar esta aproximação envolvendo vários recursos tais como:
A sedução, quando a criança e o adolescente são seduzidos em função de
s u a c a r ê n c i a e d e s u a s n e c e s s i d a d e s. O ag re s s o r r e a l i z a aproximações sucessivas
estabelecendo sempre ganhar a confiança da vítima, envolvida em uma relação
mu i t o p r ó x i m a e e ro t i z a d a q u e t e r mina e culmina em contat o s ge n i t a i s.
Às primeiras tenta t ivas de sedução do adulto, somam-se ameaças, para f orçar a
vitima a submeter-se. O que ela pode aceitar aos quatro ou cinco anos como uma
brincadeir a secreta, confor me lhe dizia o adulto, torna-se uma relação imposta da
qual, pouco a pouco, toma consciência. Produzem-se, então, rupturas traumáticas
sucessivas, manifestadas em sintomas que são, ao mesmo tempo, s i n a i s d e a l e r t a .
A violência ocor re na maioria das vezes nos episódios de estupros, podendo
ocorr er em alguns casos lesões genitais, agravadas por outros danos físicos, tais
como, tentativa de estrangulamento e ferimento nos casos mais traumáticos. Algumas situações
dramáticas exigem hospitalização, podendo a vítima se encontrar em estado de choque.
Proximidade corpora l excessiva e e rotizada, são os mais fr eqüentes tipos de
abuso sexual caracterizado por cenas de exibicionismo ou voyeurismo.
Imposição por coerção, car acteriza-se quando os agressor es aproveitam-se do
fato de serem maiores, de sua autoridade de adultos, sugerindo a vítima, de forma
ameaçadora, que a revelação do abuso poderia feri-lo, ferir aos dois e às outr as
pessoas que vivem em tor no deles, ficando assim a vítima assustada e intimidada.
POR QUE EXISTE O SILÊNCIO?
Os abusos sexuais acontecem quase sempre em segredos. Impostos por violência, ameaça ou
mesmo uma relação sem palavra, o segredo tem por função manter uma coesão familiar e proteger a
família do julgamento de seu meio social. Muitas vezes a possibilidade de o agressor ser preso ou a perda da sustentação financeira fazem com que a revelação seja mais grave que o próprio abuso.
O momento da descoberta do abuso sexual é um trauma para a vítima. Os
adultos em geral não compreendem o comportamento da criança ou do adolescente.
Diante da incompreensão dos adultos, após terem f eito a queixa, passam a se
ret ra t a r e m u i t a s vez e s o s fa tos passam a ser neg ados, quando eram ve r dadeiros.
A criança e o adolescente aparecem duplamente como vítima dos abusos sexuais
e d a i n c r e d u l i d a d e d o s a d u l t o s. Até que ponto tudo isso é ve r d a d e i ro ou não ?
Existem várias atitudes frente aos abusos sexuais por parte da vítima: o segredo; adaptar-se aos
novos abusos sexuais; a revelação é tardia e não convence; a vítima vai se retratar junto ao agressor.
O segredo é a forma de preservar a ameaça, por exemplo, .não diga nada a sua mãe,
senão ela vai me odiar.; .se ela souber, vai matar você, vai mandá-la para o colégio interno
ou ela pode até morrer.. As ameaças tornam os efeitos da revelação ainda mais perigosos
que o próprio ato. No entanto, o silêncio é muitas vezes a forma de proteção, a forma de
def esa, a maneira de mascar ar a dor, a defesa necessária para ocultar o sofrimento.
A realidade é aterrorizante para a vítima devido ao fato de que o ato só acontece quando
está sozinha com o adulto, que abusa dela, e isso não deve ser partilhado com ninguém.
A vítima fica sem defesa pelo fato de tratar-se de alguém da família. De um lado aprendeu que
precisa desconfiar de .estranhos., por outro lado disseram-lhe que .na família tudo é permitido.. O domínio perverso sobre a criança e o adolescente pode, a partir daí, ser exercido mais facilmente.
Podemos perceber, nessas condições, o quanto é difícil escapar à lei familiar rompendo o segredo.
Quando a vítima é uma criança, existe a possibilidade de cair na armadilha e tende a adaptar-se
à violência. Trata-se de situações essencialmente repetitivas, impulsionadas pelo constrangimento interno
que move o autor dos abusos diante de uma presa fácil. Se a criança não buscou imediatamente ajuda
e não foi protegida, só lhe resta aprender a aceitar a situação e encontrar um meio de sobreviver a ela.
O AGRESSOR É UMA PESSOA NORMAL?
A sexualidade de cada pessoa é uma interação dos fatores biopsicossociais, que
desenvolve ao longo da vida, podendo mudar sua expressão, em um momento ou outro.
Uns chamam de parafilias, outros de desvios sexuais, perversão ou psicopatia.
Mas o certo é que algumas práticas sexuais fogem do que a cultura convencionou como
cer to, apesar dessa idéia ser mutável , em difer entes culturas e períodos históricos.
Podemos considerar que algo está er rado com o sujeito, quando, por exemplo,
ele só consegue prazer dessa forma e que foge do padrão de nor malidade da cultura.
Evidentemente, não é a mesma organização psicológica que pode escl a recer
atos tão variados quanto à sedução incestuosa, a pedofilia (a tração sexual por
crianças), o voyeurismo ou o exibicionismo cometidos contra crianças, além dos
estupros de crianças púberes ou mu i t o j ovens, à s ve zes seguidos de assassina to.
Mas não podemos nos esquecer que qualquer um que apresente alguns desses problemas não se
apresenta dentro de uma adequação sexual e, sendo assim, são pessoas com desvio de instinto sexual.
QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DO AUSO SEXUAL NAS CRIANÇAS E NOS ADOLESCVENTES?
As conseqüências são inúmeras, dependendo sempre do tipo de abuso sofrido,
da repetição que isto ocor reu no decorrer da vida do indivíduo, da idade que os abusos
foram acometidos e da possibilidade de denunciar ou de se falar sobr e o assunto.
Evidentemente cada indivíduo reage de forme diferenciada, mas as marcas desse
registro podem desdobrar-se de várias maneiras. Vejamos algumas que podem acontecer:
• O corpo é sentido como profano; há perda da integridade física, sensações novas foram
despertadas mas não integradas, a vítima expressa a angústia de que algo se quebrou no interior
de seu corpo; nos últimos anos, o medo de contrair AIDS e D.S.T. (Doenças Sexualmente
Transmissíveis) é uma obsessão angustiante que se reforça em exames feitos constantemente;
o medo de haver engravidado, seja qual for à idade da vítima e a natureza do ato cometido
• As perturbações do sono são constantes e traduzem a angústia de baixar a
guarda e ser ag redido sem defesa.
• Dificuldade de lidar com seu próprio corpo considerando-o pouco atraente.
• Comportamento autodestrutivo, levando a criança a parar de brincar, desinteressa-se
dos estudos, fecha-se em si mesma, torna-se lenta ou inquieta. O adolescente pode manifestar
sinais de violência, mostrando-se muito irritado e pouco tolerante quando o elogiam.
• Baixa auto-estima, uma vez que se evidenciam sentimentos de menos va l i a
por se perceber difer enciada e escolhida para a prática de abusos se xuais.
• Comportamentos autodestrutivos podendo at é , dependendo da organização
psicológica e da estruturação da personalidade, tentar e cometer suicídio.
• Sexualidade vista como punitiva, com culpabilidade, sem prazer, podendo interferir
de forma traumática no jogo da sedução, erotização, oferecendo possível dificuldade de
relacionamentos sexuais na idade adulta.
• Em alguns casos é comum que ocorra depressão, angústia e sentimento de inferioridade.
É impor tante considerar que nem sempre a criança ou o adolescente que sofre
abuso sexual será necessariamente um indivíduo vingat i vo ou violento para a
sociedade, não devemos estigmatizá-lo com preconceitos.
Todos esses distúrbios e sintomas parecem consideravelmente acentuados pelo fato
de haver um contexto familiar que nem sempre acolhe a criança ou o adolescente. Às
vezes, somam-se a isso novos problemas causados pela dispersão da família ao ocorrer
uma revelação, pelas pressões para uma retratação e, ainda por diversos eventos que
desorganizam as pessoas envolvidas no núcleo familiar.
Resta, enfim, dizer que o tema das violências sexuais é apenas parte integrante de
outro, bem mais vasto: as violências das quais as crianças e os adolescentes podem ser
vítimas a qualquer hora, em qualquer momento, em qualquer lugar.
Bonitas, vamos olhar mais de perto, nossos filhos, sobrinhos, visinhos, vamos cuidas de nossas crianças, elas são nosso futuro, precisamos de um futuro saudável e não de um exército de "mortos vivos"
Eu tenho pabor deste assunto mas me sinto na obrigação em entrar nessa ardua batalha de proteger nossas crianças.....
Beijos solidários nos seus corações!!!!!!
Mais um assunto muito pesado, mas resolvi que aki não iria apenas postar , coisas bonitas, makes, e tals, e coisas que nos dão prazer, que iria fazer deste lugar também ...... em espaço para assuntos da vida real......
Hoje vamos falar sobre o ABUSO SEXUAL INFANTIL!!!!!!
Mu i t a s ve z e s achamos que só nos filmes, n a s n ovelas ou nas histórias que as pessoas nos contam, podem acontecer coisas desag r adáve i s o u d e forma cr u e l .
Mas não é bem assim.
Tudo também pode acontecer na vida real e na vida de qualquer um de nós. E é
nesse exato momento que nos deparamos com uma triste realidade: os personagens
que estavam distantes de nós ganham forma, corpo e nome semelhantes aos nossos.
E passamos a fazer par te da estória difícil, triste e que, na maioria das vezes,
provocam cicatriz es por toda uma vida.
É uma estória de poder ... de violação, de medo, de abuso.
É uma forma de violência.
É uma estória forte, traumática.
É a VIOLÊNCIA SEXUAL.
O QUE VIOLÊNCIA ?
VÍDEO INSTITUCIONAL FEITO POR MIM E PELA NICOLE PARA APRESENTA~]AO NUM SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA NO CURSO DE DIREITO..... ASSISTAM VALE MUITO A PENA, CHOCOU MUITAS PESSOAS DA SALA.... E IRÁ CHOCAR VOCÊ TAMBÉM
Violência é toda e qualquer for ma de opressão, de maus tratos, de agressão, tanto
no plano físico como emocional, que contribuem para o sofrimento de outra pessoa.
Dentre as diversas formas de violência que conhecemos existe a violência sexual.
A vidência sexual é uma agressão a liber dade do indivíduo, é uma manifestação
extrema do domínio de uma pessoa sobre outra.
QUAIS OS TIPOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL?
A violência sexual pode ser evidenciada sob várias formas e apresenta maneiras diferenciadas de expressão,
tais como: estupro, incesto, atentado violento ao pudor, de acordo com a conceituação jurídica; abuso
sexual e exploração sexual comercial (prostituição), conforme conceituados pela sociologia e antropologia.
VAMOS CONHECER
SOBRE O ABUSO SEXUAL
Abusar é precisamente ultrapassar os limites e, portanto, transgredir. Abuso contém
ainda a noção de poderio, ou seja, o abuso de poder ou de astúcia, abusar na confiança,
da lealdade, o que significa que houve uma intenção e que a premeditação estão presentes.
O abuso sexual é o caso de um indivíduo ser submetido por outro para obter gratificação
sexual. Envolve o emprego, uso, persuasão, indução, coerção ou qualquer experiência sexual
que interfira na saúde do indivíduo incluindo componentes físicos, verbais e emocionais.
A Organização Mundial da Saúde considera o abuso sexual como um fenômeno de
maus-tratos na infância e na adolescência, definindo essa violência da seguinte maneira:
.A exploração sexual de uma criança implica que esta seja vítima de uma pessoa
sensivelmente mais idosa do que ela com a finalidade de satisfação sexual desta. O crime pode
assumir diversas formas: ligações telefônicas ou obscenas, ofensa ao pudor e voyeurismo, imagens
pornográficas, relações ou tentativas de relações sexuais, incestos ou prostituição de menores..
Na realidade, devemos sempre considerar que se trata de atividades sexuais inadequadas
para a idade e o desenvolvimento psicossexual da criança ou do adolescente, sendo
sempre impostas por coerção, violência ou sedução, ou que transgridem os tabus sociais.
PODE ACONTECER EM QUALQUER CLASSE SOCIAL?
É importante considerar alguns estereótipos e preconceitos que fazem parte desse tema.
Trata-se de assunto considerado tabu em várias culturas, e as pessoas apresentam muitas
dificuldades em falar e lidar com o problema. Até mesmo é considerado como um aspecto
constrangedor e desconfortável para ser discutido, pois implica em mobilizar vários
sentimentos no plano emocional das pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidos.
Entretanto, temos que admitir e constatar que o abuso sexual, ao contrário do
que se imagina, não é pra ticado apenas por marginais ou desequilibrados mentais.
Sua ocorrência é bastante comum em todas as classes sociais e econômicas.
Acontece em países pobres ou ricos, com pessoas de boa condição financeira, de boa
aparência como também pode acontecer com pessoas de classe social menos favorecida.
Como vemos, é um tema que acontece independente da idade, do nível
econômico, da classe social e da localização geog ráfica.
As pesquisas r ealizadas, tanto no Brasil como fora do nosso país, conver giram
para a constatação de que o abuso sexual a tinge todas as camadas da sociedade.
Como vemos: é um a t o g rave, t r i s t e e q u e r esulta em vários desdobramentos
pa r a o i n d iv í d u o ( c r i a n ç a o u a d o l e s c e n t e ) q u e é a c o m e t i d o d o ab u s o s ex u a l .
As constatações médicas, a análise das declarações dadas a polícia e as queixas
apresentadas à Justiça, deixam transparecer que os autores dos abusos sexuais contra
crianças e adolescentes, na sua quase totalidade são de responsabilidade exclusivamente
dos homens. Embora o abuso sexual possa atingir também meninos e adolescentes do
sexo masculino, ela é mais comum contra o sexo feminino.
Outra idéia pré-estabelecida é a de que somente os homossexuais realizariam abuso
sexual com crianças e adolescentes do sexo masculino. Isso não é verdade. A maioria dos
homens que são agentes agressores sustenta ter práticas exclusivamente heterossexuais.
Como vimos, muitas vezes estabelecemos idéias equivocadas sobre a incidência do
abuso sex u a l . Não devemos acreditar que o abuso sexual só acontece e é
predominantemente nas camadas mais pobres da população.
Deste modo, devemos ampliar nossa abordagem
de olhar para este tema, pois ele
pode acontecer com qualquer um de nós.
COMO SE ESCOLHE A CRIANÇA?
A criança pode ser um alvo fácil, pois na infância a formação e a estruturação
dos valores sociais e culturais estão em processo de for mação e de análise crítica.
Alg u n s f a t o r e s s ã o e v i d e n c i a d o s d e c o m o a e s c o l h a d a c r i a n ç a é f e i t a :
• Criança mais nova , p o i s a s s i m f i c a m a i s d i f í c i l q u e s e j a r e velado o que
aconteceu, uma vez que ainda não possuem o domínio adequado da fala.
• Crianças das quais as pessoas zombam ou criticam como sendo incapazes de falar a
verdade ou que sempre estão distorcendo a realidade. Isto implica que os agressores oferecem
a essas crianças a possibilidade de que os adultos continuem não acreditando nelas.
• Criança muito amigável com os adultos, p o i s d e v i d o a s u a c apacidade
des e r ex t rove r t i d a , a aproximação é fe i t a d e for ma mais rápida.
• Crianças pouco vigiadas, deixadas por sua conta e/ou que tem carências emocionais
e afetivas, são as mais vulneráveis e constituem provavelmente o alvo preferido dos autores
de abusos, por meio de um complexo jogo de interação entre as necessidades afetivas (às
vezes sedutoras) da criança e as pulsões e desejos do autor do abuso sexual.
E OS ADOLESCENTES?
A adolescência é sem dúvida uma fase de transição. Transição de valores, de informações e
caracteriza-se por vários rituais de passagens. O corpo começa a mudar devido a revolução hormonal
que é instalada. Os adolescentes começam a ter um corpo sexuado do adulto: aparecimento de
pelos pubianos, mudança na voz, aumento de massa corporal, e polução noturna (ato de ejacular
para os homens); aumento dos seios, aparecimento da menarca (menstruação) nas meninas.
Muitos que cometem a buso sexual sentem-se fortemente excitados pelas
t r a n s fo r m a ç õ e s o c o rr i d a s e s p e c i a l m e n t e c o m a s m e n i n a s. N a e s c o l h a d o sadolescentes, são observados também alguns aspectos pelos ag ressores tais como:
• Carência afetiva da vítima, muitas vezes o mais tímido, o mais calado que tende a
não se expor ou dizer o que sente.
• Adolescentes que gostam de fantasiar a realidade e são sempre tidos como .mentirosos.
ou pouco confiáveis, uma vez que não se dará crédito ao que diz ou ao que denuncia.
•Adolescentes que usam roupas de forma provocadora pois assim torna-se fácil
ao agressor a idéia de que foram induzidos ao ato.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE ABUSO SEXUAL?
Os atos caracterizados do abuso sexual diferem apenas na forma como é
praticado pelo ag ressor podendo agr upá-los da seguinte maneira:
1. Atos que agridem sensorialmente a criança ou o adolescente, entre outros destacamos:
Conversas ou telefonemas obscenos.
Apresentação forçada de imagens pornográficas.
Exibição de órgãos sexuais do adulto.
Voyeurismo, que é a excita
ção sexual conseguida mediante a visualização dos
órgãos genitais da criança ou do adolescente.
2. Atos que utilizam o corpo como forma de agressão, tais como:
Contatos sexuais ou masturbação forçada.
Participação em cenas pornográficas
Relações sexuais impostas (vaginais, anais ou orais)
Vale a pena considerar que o incesto (r elação sexual entr e o pai e a filha) é
também o que tem conseqüências mais graves sobre o equilíbrio psíquico, do
presente e do futuro, da criança e do adolescente.
COMO SÃO REALIZADOS OS CONTATOS SEXUAIS ?
É muito comum que o agressor inicie um processo de relacionamento e de conhecimento
antes de chegar aos contatos sexuais. Os agressores sentem-se capazes de identificar as crianças
e adolescentes vulneráveis e aproveitar-se dessa vulnerabilidade para abusar sexualmente delas.
Certas formas de vulnerabilidade são da própria natureza da infância: ser pequeno, não falar
e, portanto, não poder revelar o abuso. Da mesma forma acontece na adolescência como a
necessidade de expor o corpo ou de escondê-lo, pertencer a um grupo ou evidenciar atitudes de
isolamento, desafiar regras ou ser considerado aquele que sempre questiona o que está a sua volta.
Alguns agressores passam a conversar mais com a vítima, passando mais tempo em sua companhia,
oferecendo a criança a possibilidade de ganhar sua confiança e, dessa forma, ter condições
de testar os limites da vítima, muitas vezes utilizando-se, cada vez mais, dos órgãos sexuais.
Os ag ressores empenham-se em dessensibilizar as crianças aos contat o s s exuais.
Essa estra tégia parece obter bons resultados com uma prog ressão do contato
das re giões não-sexuais em dir eção aos órgãos g e n i t a i s ; tudo isso se dá na maioria
d a s veze s d e n t ro d e u m a re l a ç ã o q u e p ro g r i d e o fe recendo ap o i o e c o n f i a n ç a .
Neste aspecto, o abuso sexual supõe uma disfunção em 03 níveis:
• O poder exercido pelo forte sobre o fraco.
• A confiança que o pequeno tem no grande.
• O uso delinqüente da sexualidade, ou seja, o atentado ao direito que todo indivíduo
tem de propriedade sobre o seu corpo. O corpo pertence ao indivíduo, ele não pode dissociarse
do seu corpo físico que é seu limite, sua proteção e seu deslocamento diante da vida.
QUEM SÃO OS AUTORES DE ABUSO SEXUAL?
Muitas vezes, devido a estereotipia que este assunto levanta, temos a impressão que os autores
do abuso não são conhecidos pelos adolescentes e crianças. Puro engano, a maioria dos casos de
abuso sexual acontece com autor conhecido pela vítima, podendo ser alguém da família, de um
conhecido da família, isto também acontece nos casos intrafamiliares onde o pai está implicado.
Sendo assim, o agressor pode ser qualquer pessoa: tio, pai adotivo, pai, primo, irmão,
avô, vizinho, amig o da família, não sendo realizado portanto, como se imagina, por pessoa
totalmente desconhecida da vítima. E mais uma ve z lembramos de que acontece
em qualquer classe social envolvendo pessoas com bom nível de instr ução ou não.
A c r e d i t a - s e q u e a f o r ma mais traumática de abuso é aquela consumada por
u m p a i , s e j a b i o l ó g i c o o u a d o t i vo, também conhecida como r e l a ç õ e s i n c e s t u o s a s .
Alguns pesquisadores achavam que o abuso cometido pelo pai biológico teria
conseqüências emocionais mais gr aves do que o executado pelo pai adotivo, mas
os estudos indicaram que o dano é o mesmo.
Quando se considera que abusos cometidos sem contato físico causam danos,
pode parecer que eles causam menos danos que aqueles que envolvem contatos, mas
é importante ressaltar que eles nunca deixam de causar algum tipo de dano emocional.
QUAIS SÃO AS FORMAS DE AGRESSÃO USADAS PELOS AGRESSORES ?
Existem várias formas de realizar esta aproximação envolvendo vários recursos tais como:
A sedução, quando a criança e o adolescente são seduzidos em função de
s u a c a r ê n c i a e d e s u a s n e c e s s i d a d e s. O ag re s s o r r e a l i z a aproximações sucessivas
estabelecendo sempre ganhar a confiança da vítima, envolvida em uma relação
mu i t o p r ó x i m a e e ro t i z a d a q u e t e r mina e culmina em contat o s ge n i t a i s.
Às primeiras tenta t ivas de sedução do adulto, somam-se ameaças, para f orçar a
vitima a submeter-se. O que ela pode aceitar aos quatro ou cinco anos como uma
brincadeir a secreta, confor me lhe dizia o adulto, torna-se uma relação imposta da
qual, pouco a pouco, toma consciência. Produzem-se, então, rupturas traumáticas
sucessivas, manifestadas em sintomas que são, ao mesmo tempo, s i n a i s d e a l e r t a .
A violência ocor re na maioria das vezes nos episódios de estupros, podendo
ocorr er em alguns casos lesões genitais, agravadas por outros danos físicos, tais
como, tentativa de estrangulamento e ferimento nos casos mais traumáticos. Algumas situações
dramáticas exigem hospitalização, podendo a vítima se encontrar em estado de choque.
Proximidade corpora l excessiva e e rotizada, são os mais fr eqüentes tipos de
abuso sexual caracterizado por cenas de exibicionismo ou voyeurismo.
Imposição por coerção, car acteriza-se quando os agressor es aproveitam-se do
fato de serem maiores, de sua autoridade de adultos, sugerindo a vítima, de forma
ameaçadora, que a revelação do abuso poderia feri-lo, ferir aos dois e às outr as
pessoas que vivem em tor no deles, ficando assim a vítima assustada e intimidada.
POR QUE EXISTE O SILÊNCIO?
Os abusos sexuais acontecem quase sempre em segredos. Impostos por violência, ameaça ou
mesmo uma relação sem palavra, o segredo tem por função manter uma coesão familiar e proteger a
família do julgamento de seu meio social. Muitas vezes a possibilidade de o agressor ser preso ou a perda da sustentação financeira fazem com que a revelação seja mais grave que o próprio abuso.
O momento da descoberta do abuso sexual é um trauma para a vítima. Os
adultos em geral não compreendem o comportamento da criança ou do adolescente.
Diante da incompreensão dos adultos, após terem f eito a queixa, passam a se
ret ra t a r e m u i t a s vez e s o s fa tos passam a ser neg ados, quando eram ve r dadeiros.
A criança e o adolescente aparecem duplamente como vítima dos abusos sexuais
e d a i n c r e d u l i d a d e d o s a d u l t o s. Até que ponto tudo isso é ve r d a d e i ro ou não ?
Existem várias atitudes frente aos abusos sexuais por parte da vítima: o segredo; adaptar-se aos
novos abusos sexuais; a revelação é tardia e não convence; a vítima vai se retratar junto ao agressor.
O segredo é a forma de preservar a ameaça, por exemplo, .não diga nada a sua mãe,
senão ela vai me odiar.; .se ela souber, vai matar você, vai mandá-la para o colégio interno
ou ela pode até morrer.. As ameaças tornam os efeitos da revelação ainda mais perigosos
que o próprio ato. No entanto, o silêncio é muitas vezes a forma de proteção, a forma de
def esa, a maneira de mascar ar a dor, a defesa necessária para ocultar o sofrimento.
A realidade é aterrorizante para a vítima devido ao fato de que o ato só acontece quando
está sozinha com o adulto, que abusa dela, e isso não deve ser partilhado com ninguém.
A vítima fica sem defesa pelo fato de tratar-se de alguém da família. De um lado aprendeu que
precisa desconfiar de .estranhos., por outro lado disseram-lhe que .na família tudo é permitido.. O domínio perverso sobre a criança e o adolescente pode, a partir daí, ser exercido mais facilmente.
Podemos perceber, nessas condições, o quanto é difícil escapar à lei familiar rompendo o segredo.
Quando a vítima é uma criança, existe a possibilidade de cair na armadilha e tende a adaptar-se
à violência. Trata-se de situações essencialmente repetitivas, impulsionadas pelo constrangimento interno
que move o autor dos abusos diante de uma presa fácil. Se a criança não buscou imediatamente ajuda
e não foi protegida, só lhe resta aprender a aceitar a situação e encontrar um meio de sobreviver a ela.
O AGRESSOR É UMA PESSOA NORMAL?
A sexualidade de cada pessoa é uma interação dos fatores biopsicossociais, que
desenvolve ao longo da vida, podendo mudar sua expressão, em um momento ou outro.
Uns chamam de parafilias, outros de desvios sexuais, perversão ou psicopatia.
Mas o certo é que algumas práticas sexuais fogem do que a cultura convencionou como
cer to, apesar dessa idéia ser mutável , em difer entes culturas e períodos históricos.
Podemos considerar que algo está er rado com o sujeito, quando, por exemplo,
ele só consegue prazer dessa forma e que foge do padrão de nor malidade da cultura.
Evidentemente, não é a mesma organização psicológica que pode escl a recer
atos tão variados quanto à sedução incestuosa, a pedofilia (a tração sexual por
crianças), o voyeurismo ou o exibicionismo cometidos contra crianças, além dos
estupros de crianças púberes ou mu i t o j ovens, à s ve zes seguidos de assassina to.
Mas não podemos nos esquecer que qualquer um que apresente alguns desses problemas não se
apresenta dentro de uma adequação sexual e, sendo assim, são pessoas com desvio de instinto sexual.
QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DO AUSO SEXUAL NAS CRIANÇAS E NOS ADOLESCVENTES?
As conseqüências são inúmeras, dependendo sempre do tipo de abuso sofrido,
da repetição que isto ocor reu no decorrer da vida do indivíduo, da idade que os abusos
foram acometidos e da possibilidade de denunciar ou de se falar sobr e o assunto.
Evidentemente cada indivíduo reage de forme diferenciada, mas as marcas desse
registro podem desdobrar-se de várias maneiras. Vejamos algumas que podem acontecer:
• O corpo é sentido como profano; há perda da integridade física, sensações novas foram
despertadas mas não integradas, a vítima expressa a angústia de que algo se quebrou no interior
de seu corpo; nos últimos anos, o medo de contrair AIDS e D.S.T. (Doenças Sexualmente
Transmissíveis) é uma obsessão angustiante que se reforça em exames feitos constantemente;
o medo de haver engravidado, seja qual for à idade da vítima e a natureza do ato cometido
• As perturbações do sono são constantes e traduzem a angústia de baixar a
guarda e ser ag redido sem defesa.
• Dificuldade de lidar com seu próprio corpo considerando-o pouco atraente.
• Comportamento autodestrutivo, levando a criança a parar de brincar, desinteressa-se
dos estudos, fecha-se em si mesma, torna-se lenta ou inquieta. O adolescente pode manifestar
sinais de violência, mostrando-se muito irritado e pouco tolerante quando o elogiam.
• Baixa auto-estima, uma vez que se evidenciam sentimentos de menos va l i a
por se perceber difer enciada e escolhida para a prática de abusos se xuais.
• Comportamentos autodestrutivos podendo at é , dependendo da organização
psicológica e da estruturação da personalidade, tentar e cometer suicídio.
• Sexualidade vista como punitiva, com culpabilidade, sem prazer, podendo interferir
de forma traumática no jogo da sedução, erotização, oferecendo possível dificuldade de
relacionamentos sexuais na idade adulta.
• Em alguns casos é comum que ocorra depressão, angústia e sentimento de inferioridade.
É impor tante considerar que nem sempre a criança ou o adolescente que sofre
abuso sexual será necessariamente um indivíduo vingat i vo ou violento para a
sociedade, não devemos estigmatizá-lo com preconceitos.
Todos esses distúrbios e sintomas parecem consideravelmente acentuados pelo fato
de haver um contexto familiar que nem sempre acolhe a criança ou o adolescente. Às
vezes, somam-se a isso novos problemas causados pela dispersão da família ao ocorrer
uma revelação, pelas pressões para uma retratação e, ainda por diversos eventos que
desorganizam as pessoas envolvidas no núcleo familiar.
Resta, enfim, dizer que o tema das violências sexuais é apenas parte integrante de
outro, bem mais vasto: as violências das quais as crianças e os adolescentes podem ser
vítimas a qualquer hora, em qualquer momento, em qualquer lugar.
Bonitas, vamos olhar mais de perto, nossos filhos, sobrinhos, visinhos, vamos cuidas de nossas crianças, elas são nosso futuro, precisamos de um futuro saudável e não de um exército de "mortos vivos"
Eu tenho pabor deste assunto mas me sinto na obrigação em entrar nessa ardua batalha de proteger nossas crianças.....
Beijos solidários nos seus corações!!!!!!
3 comentários:
Oii Helly!!!
Admiro sua iniciativa em postar assuntos que não seja voltado só a makes ou coisas bonitas, pois a vida real não é mundo rosa, não é mesmo ? Prova que nem todo bloguito de make é fútil.
Esse assunto sempre me chocou, tenho uma amiga que trabalha promotoria e ela sempre me conta de assuntos que se quer a sociedade tem conhecimento, referente a abusos sexuais.
Nossa até ela me falar eu não tinha conhecimento que na minha própria cidade, havia centenas de caso, fiquei horrorizada, pois a maioria era praticada por membros da família mesmo.
Seu vídeo é muito interessante e explicativo. Apoio sua iniciativa e poste sempre.
bjokas
Ai Saomi, que bom que tem mta gente como vc gostando dos posts.....
É que imaginei que além de exercitarmos nosso lado phyno, e absoluto, como a imagem que se reflete no espelho.....
Deveriamos também exercitar o nosso lado Bonitas que pensam e sabem bem o que querem da vida, e estão vendo o mundo ao seu redor como ele é.......
Que existem pessoas dispostas a tudo nessa vida......
Mas que nós Mulheres nos propomos a ser independentes na vida, e também nos propomos a fazer com que o mundo mude......
Este é meu pensamento de vida.....
Obrigada pelo elogio querida.....
Tenho muitos outros assuntos muito polêmicos aos quais estou construindo ainda.....
Bjs no seu s2
também admirei sua iniciativa, muita gente sabe destas coisas e escondem, não temos que esconder, temos que mostrar para os responsáveis serem punidos. porque isso é uma falta de vergonha na cara. bjs
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Comenta aqui Flor!!!!!